De Olavo Bilac a Eminem: a relação entre forma e conteúdo na poesia parnasiana brasileira e no rap norteamericano

(Artigo escrito por Ana Clara Alves Ribeiro e originalmente publicado no blog Letrismos para o site Obvious)

Será que forma e conteúdo são conceitos tão autônomos assim? O estilo com que cada artista usa da forma para transmitir sua mensagem diz muito sobre ele e o contexto no qual está inserido. A escola parnasiana foi a que mais privilegiou a forma, a “arte pela arte”, mas mesmo nas letras daquele que parece ser o estilo musical menos preocupado com formalidades é possível encontrar uma essência comum a ela. Olavo Bilac, Alberto Oliveira, Biggie Smalls, Eminem… Cada um usou dos elementos de que dispunha para criar arte, cada um à sua maneira.

street-graphic-2.jpg

A forma existe para dar vazão ao conteúdo. O pensamento humano, para ser expressado e alcançar outras pessoas, requer meios que são criados e/ou selecionados de acordo com circunstâncias culturais, legais, morais e de estilo.

Há, no entanto, algo fascinante no ato de usar da forma não apenas para exprimir o conteúdo mas também para fazer dela um fim em si mesmo, criando arte com a forma, de modo a fazer dela algo estética e sensorialmente interessante, chegando até mesmo ao ponto de a própria arte da forma influenciar a significância do conteúdo, em um processo retroalimentativo.

No Brasil, o Parnasianismo foi o movimento literário que mais deu importância à forma: priorizava-se os padrões fixos de poesia (entre eles, os sonetos), as rimas ricas (por que rimar somente palavras da mesma classe gramatical se existem tantas outras classes?), o vocabulário sofisticado (quanto menos simples, melhor).

olavo-bilac_1.png Olavo Bilac

Olavo Bilac, maior representante do movimento, descreveu em “Profissão de fé” o trabalho do poeta que esculpia a forma (no caso, a língua usada para escrever) com muito esforço até chegar ao poema perfeito:

Invejo o ourives quando escrevo:

Imito o amor

Com que ele, em ouro, o alto relevo

Faz de uma flor.

(…) Torce, aprimora, alteia, lima

A frase; e, enfim,

No verso de ouro engasta a rima,

Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,

Dobrada ao jeito

Do ourives, saia da oficina

Sem um defeito”

Longe da pretensa intelectualidade do Parnasianismo e separado deste movimento literário por um século, o rap – forma de discurso rítmico usado na música que, juntamente com o grafite e a break dance, entre outros elementos, compõe os pilares da cultura hip hop – foi criação advinda da comunidade negra nos Estados Unidos pós-Guerra Civil, unindo o ritmo e a poesia às beats e dando aos indivíduos negros que viviam nas periferias uma alternativa para se expressarem.

Boogie Down Productions.jpg O grupo de hip hop Boogie Down Productions, cujo líder, o rapper KRS-One, é considerado um dos rappers mais talentosos e importantes de todos os tempos, carinhosamente apelidado de “The Teacha” (“O Professor”)

Sem as amarras do rebuscamento lírico, os MCs (eemces, Mestres de Cerimônia) usam da forma para contar os dramas de seu dia a dia e expressar os sentimentos relacionados à opressão e segregação que sofreram, passando pela crítica social e desabafos pessoais até chegar ao gangsta rap do final dos anos 1980 no qual a tônica das letras era vangloriar-se pelo dinheiro conseguido através do tráfico ou do sucesso na música.

Se abstratamente falando a forma é, a quem assim queira pensar, apenas um meio, não se pode negar que esse meio por si só já diz muita coisa sobre o interlocutor e também sobre o conteúdo – “o meio é a mensagem”, já dizia McLuhan em seus estudos sobre sociologia e comunicação, ainda que estivesse partindo de premissas diferentes.

tríade parnasiana.jpg A tríade parnasiana

Por exemplo: os poetas parnasianos tiveram acesso à educação institucionalizada; na tríade parnasiana nota-se que Olavo Bilac era jornalista; Alberto de Oliveira graduou-se em dois cursos de Ensino Superior; Raimundo Correia foi Juiz de Direito e diplomata. Apesar de nem todos necessariamente terem advindo de berços de ouro e apesar das acusações de que o Parnasianismo era fútil e mesquinho, aqueles que se destacaram eram bem quistos na comunidade acadêmica e política da época.

Os rappers, em sua maioria, principalmente os do início do movimento hip hop, eram homens negros com pouco estudo acadêmico (“not book smart, but street smart“) que tinham dificuldades em serem aceitos no mercado de trabalho predominantemente branco e de classe média e labutavam para viver em meio à hostilidade encontrada naquele mundo a que haviam sido subjugados – como se ouve Grandmaster Flash dizer em “The Message” (uma das mais épicas músicas de hip hop): “It’s like a jungle sometimes, it makes me wonder how I keep from going under”.

A maneira como esses dois grupos usavam da forma (no caso, a língua portuguesa e a inglesa) como meio de expressão é sugestiva: os intelectuais parnasianos dispunham de todo um universo de palavras que podiam manejar a seu bel prazer para formar poemas ricos (“rico” era o termo usado para descrever o poema e/ou rima que continha grande diversidade de vocábulos e classes gramaticais); palavras essas que aprenderam nos diversos livros que tiveram a chance de ler e nas diversas rodas de conversa de que podiam participar. Os rappers, por sua vez, costumavam falar “gritando” (havia outra maneira mais socialmente eficiente de um grupo oprimido ser ouvido?) e usar de palavrões, gírias e pouco ou nenhum pudor para descrever a realidade que não os permitia darem-se o luxo de serem contidos ou sofisticados na luta pela sobrevivência.

Entretanto, independente de ser preciso entrar no mérito do contexto de cada movimento cultural – seja ele o parnasiano ou o hip hop –, fascinante mesmo é observar como cada artista usa da forma para transcender a mera necessidade de produzir conteúdo.

 “Rapper’s Delight”, de 1979, foi a primeira música de rap de sucesso e contribuiu fortemente para a popularização do hip hop. A construção lírica da música, além do seu impacto cultural, rendeu-lhe consagração no Registro Nacional de Gravações da Biblioteca do Congresso dos EUA, sob a justificativa de ser “culturalmente, historicamente ou esteticamente significante”.

O Parnasianismo sofreu certo preconceito por preocupar-se mais com a forma que com o conteúdo, o que poderia torná-lo “vazio” e superficial; porém, quando lemos poemas como “As pombas” de Raimundo Correia ou “Velhas árvores” de Olavo Bilac, é injusto afirmar que não há sentimento e sabedoria na essência da mensagem transmitida, independente da riqueza de linguagem formal usada.

Por outro lado, no rap, mesmo com as limitações acadêmicas dos compositores e com a incontinência de raiva guardada por décadas de opressão e discriminação racial, os MCs conseguem também, à sua maneira, “brincar” com a forma, usando da língua, das rimas, das palavras (e dos palavrões!), das metáforas e das ambiguidades para fazer seus versos de maneira criativa e original, imprimindo seu estilo em padrões quase matemáticos de enquadramento de quantidades e/ou espécies de rimas dentro da duração dos versos, configurando o flow e entrega pessoal de cada artista.

Assim como é injusto afirmar que “Via Láctea” de Olavo Bilac deixa de ser um dos poemas mais emocionantes da língua portuguesa somente pelo fato de ser parnasiano, também é injusto afirmar que “Juicy” de Notorious B.I.G. é um registro (da ascensão social de um homem negro) menos digno de consideração e com menor valor cultural, histórico e antropológico somente porque contém palavras de baixo calão.

É exagero dizer que o rap pode também ser parnasiano? Talvez não. Assim como no parnasianismo falava-se em “arte pela arte” e priorizava-se a forma (o que não significava inexistência de conteúdo, mas apenas o cuidado mais preponderante com a forma), o rap tem em nomes como Eminem (um dos mais bem sucedidos rappers de todos os tempos e que conquistou respeito no mundo hip hop mesmo sendo branco) uma vertente segundo a qual a música pode às vezes ser simplesmente a união de rhythm and poetry sem profundas preocupações com o significado ou a veracidade.

Eminem .jpg Eminem

Não que falte conteúdo em suas letras: o rapper de Michigan tem como alguns de seus maiores hits músicas que falam do perturbado relacionamento com a mãe e a esposa, além de sua luta para tornar-se bem sucedido. Mas a busca pelos versos perfeitos também existe: em entrevista dada ao rapper Ice T para o documentário “A arte do rap”, Eminem falou sobre seu processo criativo, demonstrando preocupação com o “jogo de palavras” utilizado em suas músicas.

Em algumas situações, inclusive, essa preocupação quase que se converte em licença poética para tratar de temas polêmicos, como no cypher “Shady XV” em que Eminem ameaça agredir a cantora (e amiga!) Lana Del Rey. Infelizmente violência e misoginia são temas recorrentes em algumas letras de rap, apesar de que nesse específico caso de Eminem o crime foi citado apenas hipoteticamente para promover uma rima com o nome do atleta “Ray Rice”, citado no verso seguinte – o que já leva a outra discussão: a “arte pela arte” pode ser invocada para escusar comportamentos como esse?

Uma vez que discutir a função da arte não é o escopo deste texto, voltemos à análise da composição das músicas e do uso estratégico das palavras e verbos nas rimas, com outra reflexão: seria coincidência o fato de que um dos maiores “escultores de palavras” no rap seja justamente um homem que foge à regra de ser negro para ser rapper? Esse é um questionamento perigoso e que parte de uma premissa reducionista (e errada) segundo a qual “todo negro americano estudou pouco” e “todo branco americano estudou muito”. Eminem veio do subúrbio e passou por dificuldades ligeiramente parecidas com a de seus colegas de profissão que são negros, apesar da pele branca que o privou deste tipo de dificuldade (mas não de outras). Ademais, quando analisamos a fonte da qual Eminem bebeu, descobrimos que uma de suas maiores fontes de inspiração foi o rapper Treach do icônico grupo Naughty By Nature, ele sim um homem negro advindo do gueto e que também manejava magistralmente as palavras e rimas.

O estilo com que cada poeta e cada rapper seleciona as palavras para contar suas histórias impacta também a cultura que está sendo criada por eles e a intensidade das sensações e eventos que estão sendo descritos em suas criações.

Na poesia parnasiana, por exemplo, nota-se que o uso estratégico de substantivos, verbos, advérbios, conjunções, métricas e figuras de linguagem variadas nem sempre desumaniza o sentimento que motiva o poema; pelo contrário: imprime a ele maior intensidade, como em “Um beijo”, soneto no qual Olavo Bilac abusa da antítese (“Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo…”) para descrever a sensação de ter que lidar com a infelicidade de perder a pessoa que mais lhe trouxe felicidade:

Contigo à luz subi do firmamento,

Contigo fui pela infernal descida!

As rimas e a construção dos versos, no rap, vão deixando de ser meros instrumentos para formarem verdadeiros padrões formais e constituírem a marca pessoal de cada rapper – é nesse sentido que Notorious B.I.G. (também conhecido como Biggie Smalls) tornou-se verdadeiramente notório como seu nome artístico; seu flow autêntico e confiante alçou-o ao posto de um dos rappers mais influentes de todos os tempos.

Mas o fato de essas características passarem a ser padrões formais não esvaziam as músicas de conteúdo. Um brilhante exemplo pode ser visto no verso de Jay Z em sua colaboração na faixa “Diamonds from Sierra Leone” de Kanye West, quando ele diz: “I’m not a bussinessman, I’m a business, man!”, verso cuja inteligência está em usar das mesmas palavras para falar de duas coisas diferentes. A sutileza no posicionamento de cada palavra reflete a sutileza da diferença entre ser um “homem de negócios” e ser “um negócio, cara!”.

Comparação não é a palavra mais adequada para designar o que se busca fazer nesse texto: o que há, na verdade, entre o parnasianismo e o rap é uma relação, e esta relação diz muito sobre outra relação, que é a da forma com o conteúdo.

writing-thumb-615x274-104948

Guardadas as devidas contextualizações, todos esses artistas, ao produzirem conteúdo, deixam na forma a sua assinatura pessoal que por si só também denuncia alguns dos elementos que fazem parte de suas vivências. A forma, portanto, não é um aspecto tão formal e isolado do conteúdo, como se pode observar nos versos dos sonetos parnasianos ou das músicas de hip hop.

Acusar de “mauricinhos” e “superficiais” os poetas parnasianos é ignorar o quanto de genialidade se precisa para ser capaz de fazer sentimentos transcendentais caberem dentro de versos padronizados. Acusar de “marginais” e “sem cultura” os rappers é ignorar o quanto de genialidade se precisa para ser capaz de criar uma cultura totalmente própria após ser socialmente excluído dos grupos formadores da cultura predominante.

Nos mais interessantes sonetos parnasianos encontra-se uma das mais perfeitas combinações da forma com o conteúdo: a beleza na composição dos versos e também na essência por trás deles. Nas mais interessantes músicas de rap encontra-se uma das mais significantes expressões de coragem dos indivíduos que desafiaram os padrões impostos para fazerem-se ouvidos.

Olavo Bilac, Alberto Oliveira, Biggie Smalls, Eminem… Cada um usou dos elementos de que dispunha para criar arte, cada um à sua maneira.

Fonte: http://obviousmag.org/letrismos/2015/04/de-olavo-bilac-a-eminem-a-relacao-entre-forma-e-conteudo-na-poesia-parnasiana-brasileira-e-no-rap-no.html 



Não se esqueça de citar o autor ou intérprete da canção escolhida ou o autor do texto encontrado aqui se for citá-los em seus trabalhos escolares, artigos, pesquisas ou qualquer produção escrita em que o nome das músicas for citada! Dê os devidos créditos aos criadores das obras.  🙂

Músicas sobre índios

“Brasil, nossas raízes”, pintura de Lilan Zampol

 

No Brasil, o dia 19 de abril é considerado o Dia do Índio, data dedicada à celebração da cultura indígena como homenagem aos nativos que habitavam nosso país quando os portugueses chegaram, no final do século XV.

Algumas músicas que falam sobre isso são:

  • Legião Urbana – Índios – Música com teor crítico que se refere à subordinação dos índios que viviam na América pelos europeus colonizadores;
  • Djavan – Cara de índio
  • Baby Consuelo – Todo dia era dia de índio
  • Caetano Veloso – Um índio
  • Carrapicho – Tic tic tac (Bate forte o tambor) – Música que retrata uma manifestação cultural indígena
  • Carrapicho – Canto envolvente – Música que retrata uma manifestação cultural indígena
  • Carrapicho – Iamã – Música que exalta a natureza, os costumes e a mitologia indígena
  • Carrapicho – Festa de um povo – Música que retrata uma manifestação cultural indígena
  • Cascatinha e Inhana – Índia – Música romântica que exalta a beleza da mulher indígena;
  • Martinho da Vila – Tribo dos carajás
  • Gabriel, o Pensador – Cachimbo da paz – Música com teor irônico e crítico que usa a figura do índio em uma história fictícia
  • Neguinho da Beija Flor – Peri e Ceci – Samba-enredo inspirado no clássico romance brasileiro “O guarani”, de José Alencar, em que o personagem principal é um índio que se apaixona por uma moça chamada Cecília;

Músicas infantis sobre índios:

  • Xuxa – Brincar de índio
  • Mara Maravilha – Curumim iê iê 
  • Patati e Patatá – Na tribo eles vivem
  • Eliana – Os indiozinhos
  • Hélio Ziskind – Tu tu tu tupi


Não se esqueça de citar o autor ou intérprete da canção escolhida ou o autor do texto encontrado aqui se for citá-los em seus trabalhos escolares, artigos, pesquisas ou qualquer produção escrita em que o nome das músicas for citada! Dê os devidos créditos aos criadores das obras.  🙂

Estado, poder, teorias contratualistas

Kid Abelha, Pitty, Criolo, Poder, Estado, Hobbes, Rousseau
Você acha que não dá pra estudar História, Filosofia e Teoria Geral do Estado com música?

A banda Kid Abelha na música “De quem é o poder?” (do álbum “Kid”, de 1989) questiona a origem do poder, da subjugação e da ideia de que existam pessoas para mandar e pessoas para obedecer.

“De quem é o poder?
Quem manda na minha vida?
(…) 
Uns dizem que ele é de Deus
Outros, do guarda da esquina
Uns dizem que é do presidente
E outros, quem vem mais de cima
De quem é?
De quem é?
Quem inventou essa tara?
Uns dizem que ele é do povo
E saem pra trabalhar
Outros, que é dos muito loucos,
Que não têm contas a prestar
(…)
Às vezes você me domina
Dizendo que eu sou teu dono
Às vezes você me dá nojo
Seguindo feliz o rebanho
Onde vai dar tudo isso?
Prender alguém ou ser preso?
Quem é o mais infeliz?
Eu, dando ordem o dia inteiro?
E você, que nem sabe o que diz?
(…)”

Politicamente, o poder é do Estado.

Estado, segundo Dalmo de Abreu Dallari, é ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território.

A teoria geral do Estado explica que todo Estado (país, unidade federativa, ou qualquer outra forma de Estado) é formado por três elementos: povo, território e poder.

Entre as teorias que buscam explicar a origem do Estado está a teoria contratualista, segundo a qual o Estado surgiu de um acordo firmado entre os indivíduos em algum momento da história.

Destacam-se as correntes de pensamento de dois filósofos e Estadistas: o inglês Thomas Hobbes e o suíço Jean Jacques Rousseau.

Hobbes, autor da famosa obra “Leviatã”, pensava que o Estado surgiu como uma necessidade de o homem se proteger do próprio homem e que seria preciso que todos pactuassem uma ordem maior à qual devessem obedecer, para frear seus instintos de destruírem-se uns aos outros. A famosa frase “O homem é o lobo do homem” sintetiza a ideia de que o estado natural do homem é bélico, agressivo, como se vê na letra da música “O lobo”, da cantora Pitty:

“Houve um tempo em que os homens 
Em suas tribos eram iguais
Veio a fome e então a guerra
Pra alimentá-los como animais
Não houve tempo em que o homem
Por sobre a Terra viveu em paz
Desde sempre tudo é motivo
Pra jorrar sangue cada vez mais
O homem é o lobo do homem, o lobo…”

Embora Rousseau também fosse adepto da teoria de que o Estado surge de um “contrato social” (aliás, é esse o nome de sua mais famosa obra), ele partia de uma premissa diferente: acreditava que o homem nasce bom, mas que a sociedade o corrompe. Assim, o poder é depositado na mão de um governante que representa o povo para que esse indivíduo faça uso dele com justiça em prol de todos.

Essa ideia de que o homem está suscetível à corrupção oferecida pelos estímulos externos é também mostrada na música “É o teste”, do rapper Criolo:

“É o teste, é o teste, é a febre, é a glória
Não se corromper pra nóis já é vitória”

Na mesma letra, porém, também vemos um pouco da questão da “guerra de todos contra todos”:

“Há todo momento provar que sou tranquilo,
Não ando com um cano, pra que tenho os conhecidos?”

E o que você acha? O homem nasce bom e é corrompido depois pela sociedade? Ou o homem nasce com instinto de preservar a si próprio, podendo até destruir o seu próximo se for preciso? Qual é a essência do homem? O que realmente originou a necessidade da criação de uma ordem jurídico-política superior e que todos devem obedecer?

Você conhece outras músicas que sugiram reflexões sobre esses temas?


Não se esqueça de citar o autor ou intérprete da canção escolhida ou o autor do texto encontrado aqui se for citá-los em seus trabalhos escolares, artigos, pesquisas ou qualquer produção escrita em que o nome das músicas for citada! Dê os devidos créditos aos criadores das obras.  🙂